Zélio Fernandino de Morais
segunda-feira, 27 de maio de 2024
Cambono (2)
Cambonagem ou o ato de cambonar, é uma das principais e mais complexa, vamos dizer, " função" na Umbanda.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A ARTE DE CAMBONEAR
1. Os cambones são tão importantes quanto os médiuns de incorporação. Sem seu trabalho, não há gira de Umbanda. E por este motivo, merecem todo nosso carinho e respeito.
2. Servir é um privilégio. É uma oportunidade incrível cambonear. Você acompanha de perto os guias e aprende muito com eles. É o momento de exercer a humildade e devoção aos guias e Orixás.
3. O cambone é também médium de sustentação. Durante a gira, ele deve manter os pensamentos elevados para assegurar a firmeza da corrente. Ele doa energias para o bom funcionamento do trabalho. Por isso, o cambone deve evitar conversas desnecessárias.
4. Ele deve ser sempre o exemplo. Manter a disciplina, o respeito e o zelo. É ele o mais próximo do consulente, aquele que ele vai recorrer caso tenha alguma dúvida. Por esta razão, o cambone precisa estudar bastante, compreender os fundamentos.
5. São muitas as atividades prestadas pelo cambone. Desde pegar os elementos solicitados pela entidade, escrever as orientações, ser "tradutor" para aqueles que tem dificuldade de entender o sotaque do guia, cantar os pontos, auxiliar na incorporação e desincorporação dos médiuns. Ele está ali para ajudar.
6. Lembre-se de que quando o médium de incorporação trabalha no terreiro, quem faz a caridade é o guia, ele é apenas o intermediário. Já no caso dos cambones, é ele próprio quem exerce seu trabalho. Dessa maneira, na "conta" do karma, o cambone sai na frente.
7. A cambonagem não precisa ser temporária. Enquanto alguns a encaram como uma obrigação enquanto desenvolvem suas mediunidades, outros a vêem como uma oportunidade de servir a espiritualidade. A cambonagem é uma atividade honrosa. E se você exercê-la durante toda a vida, só tem a se beneficiar.
Saravá a todos os cambonos, que exercem uma função importantíssima dentro de uma casa de axé!
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