Orixás

Orixás 

Orixá é uma força divina, super cósmica, atuando incessantemente em todos os planos (físicos, astral, mental, consciencial, espiritual) do universo conhecido ou não, dentro e fora da estreiteza da mente do homem. Ponderáveis ou imponderáveis, constitui instintivamente, intuitivamente, inteligentemente as condições ideais para escalada de todos os seres viventes ao estado supremo do Supremo Ser. 

Na Umbanda existe influência africana, assim como o sincretismo assumido. A Umbanda tem o reconhecimento do Panteon dos seus orixás dos quais se destacaram dez, por serem essenciais ao culto. Não esqueçamos o fato de terem sido os africanos e nossos aborígenes, juntos e através de uma minoria culta e religiosa, os que consertaram no astral superior a criação da religião de Umbanda, ajudados por mentores da alta extirpe, representantes de outros quadrante do mundo espiritual. 

Sincretismo:

Abaluaiê - Omulu - São Lázaro 

Iansã - Santa Bárbara 

Ibejes - Cosme e Damião 

Iemanjá - Nossa Senhora da Glória 

Nanã Buruquê - Sant'Ana

Ogum - São Jorge

Oxalá - Jesus 

Oxóssi - São Sebastião 

Oxum - Nossa Senhora da Conceição 

Xangô - São Gerônimo 

A Umbanda é uma religião monoteísta, possui um só Deus: Olorum ou Zâmbi, os orixás são na Umbanda faces de um só diamante, manifestações de um único ser, cores no prisma da mesma luz. 

Iemanjá 

Sua manifestação no plano físico acontece através da vasta massa de água do planeta Terra, prepondera no elemento salíneo, embora delegue aos Orixás Oxum, Nanã, Oxumaré desdobramento, reposição e desenvolvimento das águas doces. Rege ainda todos os elementos constituídos da flora e fauna dos mares e oceanos; no plano dos sentimentos caracteriza a germinação dos seres viventes através da "energia criadora". Não cria, pois só quem o faz é Olorum, esotericamente, Iemanjá é o "alento criador". 

Oxum 

É a ternura envolvente para todas as criaturas. Sua "graça", seus cânticos, sua dança, maneiras, jamais sensuais, têm a presença da humildade e do carinho materno para com todos os devotos. Divide sua energia com Oxumarê, orixá cuja significação na Umbanda é o de ligação da terra com o desconhecido (renovação). 

Nanã 

Senhora das chuvas, encarregada por Iemanjá do remanejamento, reposição, repuxo das águas do planeta. Além de sua importante função na solidificação, nos vapores e eterização do elemento água. No plano dos sentimentos, é característico a sua constância, coerência, tolerância, firmeza de propósitos, serenidade madura e tenaz cumprimento dos deveres. 

Oxalá 

É o resultado palpável da "energia criadora". Jesus, o mestre a Galileu que atingiu o "estado de ser Crístico" é um filho de Oxalá entre outros. Sua exemplificação humana do grande Orixá, traduz com perfeita ressonância o desejo permanente, incessante, do viver em relação com os semelhantes em harmonia, paz e sabedoria.

Omulu 

No plano físico, sua atuação é incessante, perene e fatal. É o orixá da morte, da transformação, da destruição, da transmutação, toda esta atividade se estende naturalmente a todos os planos (físico, astral, mental e consciencial, seu instrumento basilar de trabalho é a compreensão.

Oxóssi

Simbolizado no plano físico pela flora e fauna, matas, florestas, de resto, todo o reino vegetal e reino animal. Incessante distribuidor do oxigênio em todas as esferas, e detentor dos elementos químicos que satisfazem a mecânica da Vida em todos os seres. 

Quando respiramos, estamos contando com o inestimável auxílio do grande orixá Oxóssi. No plano dos sentimentos revela afetividade, cooperação, associação, manutenção de todos organismos vivos. 

Xangô 

Orixá das cordilheiras, pedreiras e cachoeiras do planeta Terra. Em todos os universos sua atuação transcende. É o Orixá da justiça. Justiça que deve imperar em todos nós, principalmente nos seus filhos de adoção. É o orixá da harmonia, do direito, do equilíbrio, e da equidade. No plano etérico atua de maneira audível através dos relâmpagos, trovões, coriscos e raios; divide com Iansã sua companheira de decisão, voluntária e voluntariosa. Iansã é o orixá que marca o início das lutas, das empreitadas, da modificação radical de velhos conceitos, um orixá que assume a postura independente anti-preconceitual dos seus filiados. 

Ogum

No plano físico, afigura-se corretamente aos umbandistas, como destemido Guerreiro, montado em um cavalo branco, ajaezado e armado de Lança e espada, a lutar valentemente contra dragões, duendes, horripilantes monstros do astral inferior, produto de mentes enfermiças e maléficas, nada mais do que símbolos da luxúria, da ambição e de todas as larvas inferiores que assolam a maioria das criaturas do gênero humano. No plano astral (sentimentos), vive no coração do devoto de Umbanda, como Senhor das demandas, em constante e pleno combate, contra as inferioridades próprias de cada um. No plano mental, vamos encontrar o grande guerreiro desbravando a escuridão das mentes condicionadas, bitoladas, alienadas aos dogmas asfixiantes e limitados. "Ogum é força e poder". 

Domina os elementos da natureza, dos quais conhecemos apenas cinco: terra, água, ar, fogo e éter. É o Senhor do cerimonial e da Magia. Com Ogum estão os Ibejes se complementados o seu domínio no campo da magia. 

(Trecho extraído do livro Magia de Umbanda de Omolubá)