sexta-feira, 5 de abril de 2024

83 Comunicação com os Parentes Desencarnados



Da comunicação com os parentes desencarnados na Umbanda

O perigo de médiuns receberem obsessores e como devem ser tratados nos terreiros de Umbanda

Por insistência de diversos setores e pessoas familiarizadas com nossas obras, temos que abordar os assuntos acima focalizados.

Nós, na Umbanda, não repelimos a presença de algum ente querido que pretenda uma comunicação e isso fazemos da maneira mais simples e coordenada possível.

Se somos cientificados, por uma entidade qualquer do terreiro, da pretensão de um espírito desejoso de se comunicar com um parente que por ali esteja, é certo que não vamos recebê-lo debaixo das sessões usuais. Teremos que fazer uma reunião à parte sobre a orientação de nossos Caboclos e Pretos Velhos, que escolheram o médium adequado e que possa ser adaptado para esse fim naturalmente procedendo sobre ele uma eletromagnetização especial, de vez que não submetemos os médiuns, na Umbanda, a esse sistema corriqueiro de se queimar os plexos nervosos deles (médiuns) na continua função mediúnica de receber obsessores, como costumam fazer na corrente kardecista...

 Como se opera essa eletro magnetização especial, para esse ato extraordinário?

 Por cima, pelo astral uma parte fica afeta aos nossos guias e protetores que sabem como devem proceder; por baixo, de nossa parte, procedemos a especiais defumações de revitalização do médium escolhido e certas afirmações, tudo sobre a guarda e a aquiescência direta do seu protetor responsável.

 Isso, no caso de o terreiro não ter um dia apropriado para a doutrina geral dos presentes encarnados e dos desencarnados que os guias e protetores da corrente astral de umbanda acharem por bem trazer ao recinto.

 Quando falamos dos desencarnados que os guias e protetores acharem por bem trazer ao recinto, incluímos todos esses marginais do baixo astral já em regime disciplinar, e de outros também endurecidos praticantes do mal ou da magia negra que são presos pelos exus e trazidos, a força, para ouvirem a palavra da Lei, dos esclarecimento, do Amor, da caridade. Excepcionalmente as nossas entidades protetoras permitem que essas entidades maléficas, ou endurecidas na prática do mal, ouçam essa doutrinação incorporadas em seus protegidos, embora sujeitando queimação de seus plexos profundamente perigosa pela repetição.

 Assim é que alguns terreiros dedicam uma segunda-feira do mês, ou todas elas, a tal mister.

 Com isso, aproveitam os médiuns, os assistentes e os citados marginais, e outros desencarnados nas condições de visitantes ou de candidatos a uma possível comunicação com seus parentes.

 Prevendo justamente que essa comunicação de um parente possa ser permitida, por uma entidade protetora, é que se tomam precauções especiais, inclusive limpeza astral do ambiente, revitalização especial dos médiuns, afirmações de certa ordem, enfim, tudo que não se faz, porque não se quer ou não se sabe, nas sessões Kardecistas.

 Onde já se viu submeter-se os plexos nervosos, todo o aparelho neurosensitivo de um médium a uma constante queimação fluídica ou nervosa, de caráter negativo, por parte de obsessores ou de espíritos atrasados, pesados, sem que esse médium venha a sofrer perigoso desgaste de energias, especialmente nos seus fluídos de ligação neuromediúnicas?

Jamais vimos médiuns que pudesse suportar a carga constante de seus sensores, em repetidas queimações, sem que entrasse em rápida estafa neuro mediúnica.

 E é por isso que se veem os médiuns, que inicialmente foram bons, transformados em neuroanímicos, em mistificados ou mistificadores.

 Também não é por força de toda essa situação exposta que nos negamos a tratar diretamente com obsessores.

 Se houver absoluta necessidade, fazemos que um médium de passividade a um obsessor, pois temos constatado casos em que Caboclo ou Preto Velho ou traz para uma doutrinação direta, ao mesmo tempo que avisa ter necessidade de uma queimação fluídica de larvas ou de miasmas a ele apegados, através de um sistema especial de defumação. Porque a Corrente Astral de Umbanda tem seus métodos especiais de lidar com obsessores.

Com isso, não estamos pretendendo "condenar" o sistema kardecista, por submeter médiuns a função de receber obsessores nas condições em que eu fazem ponto apenas dentro da ciência mágica da Umbanda isso é inteiramente repelido.

Sabemos que quase todos os médiuns que tem sido usados para receber obsessores acabam logo esfrangalhados. É só observar a realidade.

Por exemplo, na Umbanda, quando o obsessor deixa o médium, pelo menos, no mínimo, duas coisas devem ser feitas sobre ele: uma aspersão de água salgada e uma ficção com álcool nas zonas nervosas que acusarem sensibilidade exagerada ou reações musculares. Porque isso ora, por quê...

(Trecho extraído do Livro Umbanda e o Poder da Mediunidade de W.W.da Matta e Silva)

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