Da
comunicação com os parentes desencarnados na UmbandaO
perigo de médiuns receberem obsessores e como devem ser tratados nos terreiros
de Umbanda
Por
insistência de diversos setores e pessoas familiarizadas com nossas obras,
temos que abordar os assuntos acima focalizados.
Nós,
na Umbanda, não repelimos a presença de algum ente querido que pretenda uma
comunicação e isso fazemos da maneira mais simples e coordenada possível.
Se
somos cientificados, por uma entidade qualquer do terreiro, da pretensão de um
espírito desejoso de se comunicar com um parente que por ali esteja, é certo
que não vamos recebê-lo debaixo das sessões usuais. Teremos que fazer uma
reunião à parte sobre a orientação de nossos Caboclos e Pretos Velhos, que
escolheram o médium adequado e que possa ser adaptado para esse fim
naturalmente procedendo sobre ele uma eletromagnetização especial, de vez que
não submetemos os médiuns, na Umbanda, a esse sistema corriqueiro de se queimar
os plexos nervosos deles (médiuns) na continua função mediúnica de receber
obsessores, como costumam fazer na corrente kardecista...
Como
se opera essa eletro magnetização especial, para esse ato extraordinário?
Por
cima, pelo astral uma parte fica afeta aos nossos guias e protetores que sabem
como devem proceder; por baixo, de nossa parte, procedemos a especiais
defumações de revitalização do médium escolhido e certas afirmações, tudo sobre
a guarda e a aquiescência direta do seu protetor responsável.
Isso,
no caso de o terreiro não ter um dia apropriado para a doutrina geral dos
presentes encarnados e dos desencarnados que os guias e protetores da corrente
astral de umbanda acharem por bem trazer ao recinto.
Quando
falamos dos desencarnados que os guias e protetores acharem por bem trazer ao
recinto, incluímos todos esses marginais do baixo astral já em regime
disciplinar, e de outros também endurecidos praticantes do mal ou da magia
negra que são presos pelos exus e trazidos, a força, para ouvirem a palavra da
Lei, dos esclarecimento, do Amor, da caridade. Excepcionalmente as nossas
entidades protetoras permitem que essas entidades maléficas, ou endurecidas na
prática do mal, ouçam essa doutrinação incorporadas em seus protegidos, embora
sujeitando queimação de seus plexos profundamente perigosa pela repetição.
Assim
é que alguns terreiros dedicam uma segunda-feira do mês, ou todas elas, a tal
mister.
Com
isso, aproveitam os médiuns, os assistentes e os citados marginais, e outros
desencarnados nas condições de visitantes ou de candidatos a uma possível
comunicação com seus parentes.
Prevendo
justamente que essa comunicação de um parente possa ser permitida, por uma
entidade protetora, é que se tomam precauções especiais, inclusive limpeza
astral do ambiente, revitalização especial dos médiuns, afirmações de certa
ordem, enfim, tudo que não se faz, porque não se quer ou não se sabe, nas
sessões Kardecistas.
Onde
já se viu submeter-se os plexos nervosos, todo o aparelho neurosensitivo de um
médium a uma constante queimação fluídica ou nervosa, de caráter negativo, por
parte de obsessores ou de espíritos atrasados, pesados, sem que esse médium
venha a sofrer perigoso desgaste de energias, especialmente nos seus fluídos de
ligação neuromediúnicas?
Jamais
vimos médiuns que pudesse suportar a carga constante de seus sensores, em
repetidas queimações, sem que entrasse em rápida estafa neuro mediúnica.
E
é por isso que se veem os médiuns, que inicialmente foram bons, transformados
em neuroanímicos, em mistificados ou mistificadores.
Também
não é por força de toda essa situação exposta que nos negamos a tratar
diretamente com obsessores.
Se
houver absoluta necessidade, fazemos que um médium de passividade a um
obsessor, pois temos constatado casos em que Caboclo ou Preto Velho ou traz
para uma doutrinação direta, ao mesmo tempo que avisa ter necessidade de uma
queimação fluídica de larvas ou de miasmas a ele apegados, através de um
sistema especial de defumação. Porque a Corrente Astral de Umbanda tem seus
métodos especiais de lidar com obsessores.
Com
isso, não estamos pretendendo "condenar" o sistema kardecista, por
submeter médiuns a função de receber obsessores nas condições em que eu fazem
ponto apenas dentro da ciência mágica da Umbanda isso é inteiramente repelido.
Sabemos
que quase todos os médiuns que tem sido usados para receber obsessores acabam
logo esfrangalhados. É só observar a realidade.
Por
exemplo, na Umbanda, quando o obsessor deixa o médium, pelo menos, no mínimo,
duas coisas devem ser feitas sobre ele: uma aspersão de água salgada e uma
ficção com álcool nas zonas nervosas que acusarem sensibilidade exagerada ou
reações musculares. Porque isso ora, por quê...
(Trecho extraído do Livro Umbanda e o
Poder da Mediunidade de W.W.da Matta e Silva)
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